A fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica, geralmente com mais de 3 meses de duração, em que o paciente irá apresentar dores musculo-esqueléticas difusas, em vários grupamentos musculares e/ou articulações, muitas vezes até difíceis de serem caracterizadas por ele. Os sintomas costumam se estender por um longo período de tempo até que o paciente procure o médico pela primeira vez, já que muitas vezes o paciente não sabe a qual especialista recorrer.
A fibromialgia ocorre devido a um fenômeno chamado de sensibilização central, mas o que é isso?
É uma resposta anormal e inadequada do cérebro aos estímulos periféricos, causando uma dor inadequadamente amplificada. Seria como se o cérebro das pessoas com fibromialgia interpretasse de forma mais exagerada os estímulos, causando uma ampla ativação no sistema nervoso, fazendo a pessoa sentir mais dor. É como se o ‘’ controle da dor’’ estivesse desregulado. E essa dor é uma dor diferente, pois, na fibromialgia, não temos inflamação articular ou nenhum tipo de lesão, e mesmo assim a pessoa sente dor.
Mas, afinal, por que ocorre esse fenômeno de sensibilização central ?
Este fenômeno ocorre quando temos uma deficiência na produção ou na ação dos neurotransmissores do cérebro. Os principais neurotransmissores que inibem a dor são a serotonina e a noradrenalina, que também são essenciais nas sensações de bem-estar, disposição e manutenção do sono. Logo, fica mais fácil de entender os outros sintomas da fibromialgia – além da dor – e o porquê as vezes se faz necessário o uso de medicações.
Alguns sintomas da fibromialgia
O principal sintoma da fibromialgia é a dor generalizada ou em vários pontos do corpo. Esta dor geralmente
é referida como em aperto, latejante, ‘’dentro do osso’’, ‘’ nas carnes’’, muitas vezes referida como ‘’se doesse o corpo todo’’.
Podemos dividir os sintomas em 3 categorias
Central
- Falta de memória;
- Dificuldade de concentração;
- Dor de cabeça crônica;
- Distúrbios de humor: ansiedade ou depressão;
- Alterações no sono;
- Insônia ou fadiga diurna, sono não reparador.
Muscular
- Sensação de formigamento ou dormência;
- Dores musculares.
Articular
- Dores articulares;
- Sensação de inchaço ou edema.
Qual exame eu preciso fazer para descobrir se tenho fibromialgia?
Esta é uma pergunta muito frequente e com uma resposta muito simples: nenhum! O diagnóstico da fibromialgia é essencialmente clínico. O reumatologista – através de uma consulta detalhada -obtém os principais dados acerca dos sintomas do paciente, como as características da dor, fatores de melhora/piora, temporalidade e demais condições associadas como distúrbios do humor, alteração no sono e fadiga. É como se a equipe integrativa montasse um quebra-cabeça para chegar ao diagnóstico exato. Ainda na consulta, podem ser usados questionários que auxiliam no diagnóstico e acompanhamento dos pacientes : entre eles estão o índice de dor generalizada e o índice de severidade dos sintomas.
Geralmente o público mais afetado pela fibromialgia são mulheres dos 30 aos 60 anos, mas também existem casos em homens e em pessoas fora desta faixa etária.
O que eu preciso saber sobre o tratamento?
O tratamento da fibromialgia é baseado em 2 pilares:
A terapia medicamentosa, que compreende diversas etapas, entre elas: prescrição, preparo, administração e monitoramento pós-administração.
A terapia não medicamentosa envolve medidas de controle de peso, orientações nutricionais, prática de atividade física, cessação do tabagismo, controle do estresse, entre outros. Dentro desse leque de opções de terapias não medicamentosas na fibromialgia, a com maior evidência de benefícios é a prática regular de atividades físicas. A prática de atividades físicas são determinantes na melhora de diversos parâmetros clínicos na fibromialgia: dor, distúrbio do sono, fadiga, depressão e ansiedade.
E para trilhar esse caminho, você não estará sozinho. Você pode contar com diversos profissionais que formam uma equipe médica integrativa para te ajudar. Confira o aqui o time Clínica Grunvald.