Os 7 pilares no tratamento da Doença de Parkinson

Paciente em reabilitação da Doença de Parkinson com equipe da Clínica Grunvald
Paciente em reabilitação da Doença de Parkinson com equipe da Clínica Grunvald

O que é Parkinson?

A Doença de Parkinson é um distúrbio neurológico do movimento, progressivo e degenerativo que afeta aproximadamente milhares de pessoas. Embora seja muito mais comum em pessoas acima de 60 anos, o número de pessoas mais jovens diagnosticadas com a doença está aumentando cada vez mais. Por ser uma doença progressiva, avança e torna-se cada vez mais incapacitante, tornando difícil ou até impossível a realização de atividades diárias simples, como tomar banho ou se vestir. Muitos dos sintomas da Doença de Parkinson envolvem a capacidade de controlar os músculos e movimento.

Estima-se que 1% da população mundial tenha o diagnóstico de Doença de Parkinson. Deste percentual, a maioria é formada por pessoas com mais de 65 anos. Apesar de mais raros, também existem casos de pacientes abaixo dos 40 anos. No Brasil, a estimativa do IBGE é de que a Doença de Parkinson acometa mais de 200 mil pessoas.

Conheça os quatros principais sintomas da Doença de Parkinson:

  • Tremor (agitação involuntária e rítmica de um membro, cabeça ou corpo inteiro) – o sintoma mais reconhecido da Doença de Parkinson, o tremor, muitas vezes começa de forma ocasional em um dedo, que eventualmente se espalha para o braço todo. O tremor pode afetar apenas uma parte ou lado do corpo, especialmente nas fases iniciais da doença.
  • Rigidez (rigidez ou inflexibilidade dos membros ou articulações) – a rigidez muscular experimentada com a Doença de Parkinson, muitas vezes começa nas pernas e pescoço. A rigidez afeta a maioria das pessoas. Os músculos se tornam tensos e contraídos e algumas pessoas podem sentir dor.
  • Bradicinesia ou Acinesia (lentidão de movimentos ou ausência de movimento) – é um dos sintomas clássicos da Doença de Parkinson. Ao longo do tempo, uma pessoa com Parkinson pode desenvolver postura inclinada e uma caminhada lenta, arrastada. Eventualmente pode perder sua capacidade de iniciar e se manter em movimento. Depois de vários anos, pode experimentar a acinesia, ou “congelamento” e perder totalmente os movimentos do corpo.
  • Instabilidade postural (deficiência de equilíbrio e coordenação) – uma pessoa com instabilidade postural pode ter uma posição inclinada para frente, com a cabeça anteriorizada e ombros caídos. É possível desenvolver um encurvamento para a frente, que pode levar a quedas.

Os sintomas descritos acima, são os mais observados e são determinantes para diagnóstico, porém a Doença de Parkinson pode causar muitos outros sintomas motores e inclusive não-motores ao paciente, como mostra na figura abaixo:

 

 

Os 7 pilares do tratamento

Apoio Familiar: Ninguém está preparado para adoecer e a possibilidade de adoecimento de um familiar gera grande expectativa, sobretudo quando se trata de uma doença crônica. A repercussão da doença envolve aspectos biopsicossociais, sendo necessário elaborar as mudanças e as consequências do processo de adoecer, principalmente no que diz respeito à forma como a família, o trabalho e as relações sociais são afetados. A família, como apoio social, deve favorecer trocas afetivas, cuidados mútuos e uma comunicação franca e precisa entre familiares, paciente e equipe médica. Esta dinâmica favorece a sensação de acolhimento e apoio que gera força para enfrentar o estresse e elevar a autoestima do paciente;

Horários das Medicações: É de fundamental importância respeitar os horários das tomadas de cada medicação. Isso faz toda a diferença na melhora dos sintomas. Se os horários das medicações não se encaixarem em sua rotina de vida, é fundamental que se encontre, junto ao profissional, alternativas para adapta-las;

Boa Alimentação: Observe se a medicação pode ou não ser ingerida junto com alimentos. Muitos medicamentos devem ser ingeridos durante as refeições, outros não. Por exemplo o Levodopa (Prolopa), um dos medicamentos mais utilizados no tratamento da Doença de Parkinson não deve ser ingerido com alimentos. Ao contrário, deve ser sempre ingerido com estômago vazio, pois assim é absorvido mais facilmente e terá melhor efeito;

Atividade física: A atividade física regular, não só traz bem-estar, como é a única modalidade de tratamento que comprovadamente reduz a progressão da Doença de Parkinson, que é neurodegenerativa. As pessoas que fazem atividade física regularmente, além de terem melhor bem-estar, ainda conseguem fazer a doença ser mais lenta em sua progressão. Ou seja, quem se exercita terá bem menos dificuldades e sintomas no futuro, do que quem não se exercita;

Sono Reparador: Há três fatores principais que fazem com que os parkinsonianos durmam mal e tenham um sono pouco restaurador. A Doença em sí, é o primeiro deles, pois altera a forma como o sistema nervoso regula o sono, deixando-o pouco eficiente e até mesmo os tremores podem despertar quem já está dormindo. A segunda causa são as mudanças psicológicas, comuns aos pacientes. Tristeza, preocupação, ansiedade e até quadros de depressão são frequentemente relatados, o que compromete de forma significativa a qualidade do sono. Por fim, há os efeitos colaterais da medicação. Algumas drogas usadas para tratar o Parkinson são também estimulantes, tornando o sono intranquilo e insuficiente. Um sono reparador é fundamental para mantermos a o bom equilíbrio do corpo e a saúde e a disposição em dia;

Cuidado com o Intestino: Cerca de 8 em cada 10 pacientes com Parkinson apresentam “intestino preso” (constipação). O mau funcionamento do intestino acarreta dificuldade na absorção das medicações, piorando a rigidez, o humor e também o bom sono. Além disso, o intestino preso acarreta perda de apetite, sensação de “estômago cheio” mesmo comendo poucos alimentos e tendência à perda de massa muscular. Uma dieta balanceada melhora a saúde geral e pode ajudar a aliviar vários problemas relacionados à doença, incluindo os sintomas do estômago e do intestino. Os princípios gerais das dietas para Doença de Parkinson auxiliam muito na melhora da constipação e devem ser aderidos por todos os pacientes com a Doença;

Disciplina e Constância: Por ser uma doença degenerativa e ainda sem cura, é fundamental que o cuidado seja constante. Quanto maior a disciplina, rotina e constância nos estímulos adequados de tratamento, maiores os resultados colhidos. É pouco provável vermos dois pacientes com a mesma evolução da Doença. Cada paciente evolui de forma diferente, dependendo de fatores individuais, como exercícios periódicos, cuidados gerais com a saúde e alimentação, apoio familiar, bom sono e disciplina com relação às medicações e seus horários. Regra de Ouro: Manter-se em MOVIMENTO!

Conheça o nosso programa: O PARKINSON+

O PARKINSON+ é um programa de acompanhamento do paciente com Doença de Parkinson desenvolvido pela Dra. Erika Grunvald com o objetivo de acompanhar a evolução da doença e minimizar seus efeitos na autonomia e qualidade de vida do paciente.Esse acompanhamento objetiva integrar todos os tratamentos e cuidados com o paciente, com foco sempre na individualização do tratamento e na manutenção de suas atividades de vida diária, assim como nas atividades profissionais, de lazer, sociais e familiares.O PARKINSON+ conta com uma equipe multiprofissional, liderada pela Dra. Erika Grunvald, formada por Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, Fonoaudiólogos e Neuropsicólogos, visando melhor suporte às reais necessidades do Paciente.É muito importante pensarmos que NINGUÉM, independentemente de qualquer diagnóstico, deve perder o seu lugar como pessoa dentro do âmbito familiar, profissional e social.

As etapas do programa:

1 –  Avaliação. inicial com a Dra. Erika Grunvald

No início do Programa PARKINSON+, o paciente realizará uma avaliação com a Dra. Erika Grunvald, que contará com a avaliação física e fisioterapêutica completa, assim como receberá todas as informações necessárias sobre o seu acompanhamento e tratamento.

2 – Avaliação com equipe de multiprofissionais incluindo terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo.

Após a realização da Avaliação inicial, será marcada uma avaliação com a Terapeuta Ocupacional e com a Fonoaudióloga.

3 – Laudo Avaliativo

Realizados as três avaliações, será emitido Laudo Avaliativo do paciente contendo informações importantes sobre o quadro clínico, funcionalidade, pontos positivos e negativos assim como, as indicações de tratamento baseadas na real necessidade de cada paciente.

4 – Organização do plano de acompanhamento e estabelecimento de metas

Na entrega do Laudo avaliativo, organizaremos junto com o paciente e familiares, as metas de curto e longo prazo, a organização de horários e distribuição das sessões ao longo da semana, visando a melhor performance do paciente, assim como organizar seu tempo e estímulos para maior adesão e ganho ao tratamento.

5 – Início do tratamento

Nosso maior objetivo é fazer diferença na vida do paciente, através da adequada estimulação das funções deficientes de cada um e melhor adaptação ao tratamento. Por consequência, as consultas serão sempre com hora marcada, de forma individualizada, com apenas um paciente e um terapeuta na sala.

6 – Orientações para cuidadores e familiares

Quando necessário, serão realizadas orientações para o cuidadoem casa, tanto para cuidadores profissionais quanto para familiares responsáveis pelo cuidado. Caso haja necessidade, faremos uma visita à casa do paciente para adaptações necessárias no ambiente familiar e melhor organização da rotina.

7 – Exercícios e estimulações para realização em casa

Conforme o paciente vá se adaptando ao Programa, será indicada a realização de exercícios físicos e/ou cognitivos para que o mesmo realize em casa e se mantenha ativo em todos os dias. Essas atividades estão relacionadas à atividade física, atividades relacionadas à vida diária, exercícios cognitivos e até mesmo, atividades de lazer e socialização.

8 – Adaptação do ambiente familiar (quando necessário)

Quando necessário, nossa equipe irá até a residência do paciente para avaliar a funcionalidade dentro do ambiente familiar, assim como propor adaptações físicas como barras de apoio ou ate mesmo adaptações funcionais como engrossamento de talheres, com o objetivo de aumentar/manter a sua funcionalidade dentro de casa.

9 – Suporte por Whatsapp durante todo o acompanhamento

Durante todo o Programa PARKINSON+, toda a equipe estará sempre disponível através de whatsapp para esclarecer quaisquer dúvidas ou para dar orientações necessárias. A partir do momento em que o paciente ingressa no PARKINSON+ seremos uma grande equipe cada um com a sua função especifica, com um único e grande objetivo: A MELHORIA DA SAÚDE!
A qualquer momento, poderão ser realizadas Reavaliações do paciente visando adaptar a dinâmica do tratamento à novas metas!

Em quanto tempo vou melhorar?

Essa é a pergunta que mais escutamos em consultório e a respostaé sempre a mesma: NÃO HÁ COMO SABER! Parece estranho, mas é isso mesmo…o tratamento não depende apenas da Clínica, mas de um conjunto de fatores que pode nos levar ao sucesso ou à frustação do tratamento.

 

Responsável: Dra Erika Grunvald, CREFITO-12: 77904-F

 

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